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IFIC: 315 milhões para preparar a economia portuguesa para o futuro

22 09 2025 Eduardo Silva, Diretor de Operações
IFIC: 315 milhões para preparar a economia portuguesa para o futuro

A criação do IFIC – Instrumento Financeiro para a Inovação e Competitividade, surge num contexto em que Portugal enfrenta o desafio de acelerar a modernização da sua economia, elevar a competitividade internacional e responder às exigências da transição verde e digital. Inserido no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, a sua orientação é clara: reforçar a capacidade de investimento das empresas, sobretudo em áreas de risco tecnológico e de diferenciação produtiva. Com uma dotação de 315 milhões de euros, o instrumento foi desenhado para reduzir o risco dos projetos empresariais e mobilizar investimento privado em áreas que são consideradas vitais para o crescimento económico sustentável.

Porque é que este sistema foi criado

Muitos projetos disruptivos em Portugal não avançam por três motivos centrais:

  1. Acesso limitado a financiamento com condições competitivas, sobretudo para PME.
  2. Alto risco tecnológico ou de mercado, que afasta investidores tradicionais.
  3. Falta de instrumentos específicos para setores estratégicos ou emergentes.

O IFIC responde a estes bloqueios, disponibilizando linhas de crédito com garantias, incentivos financeiros a fundo perdido e condições financeiras atrativas. A ideia é clara: quando o risco é partilhado, aumenta a probabilidade de que empresas invistam em inovação, tecnologia e diferenciação.

O que está em jogo em setembro

Já foram anunciadas as primeiras linhas que vão abrir:

  • Linha Reindustrializar: apoiar empresas no reforço de capacidade produtiva e na adoção de novas tecnologias de fabrico.
  • Linha Economia da Defesa e Segurança: impulsionar soluções de valor estratégico para um setor crucial em termos de soberania e exportação.
  • Linha IA nas PME: apoiar a digitalização avançada com integração de inteligência artificial no tecido empresarial.

Estas linhas traduzem as prioridades do país: tornar a indústria mais modernizada, ter um papel ativo em setores críticos e dotar as empresas de ferramentas digitais que podem redefinir a sua produtividade e competitividade.

O impacto para as empresas

Este instrumento vai mais longe do que simplesmente disponibilizar fundos. Representa uma mudança de paradigma: demonstra uma vontade em não apenas financiar projetos de curto prazo, mas criar bases para empresas mais resilientes, inovadoras e alinhadas com as tendências globais.

Ignorar o IFIC não é apenas deixar passar uma oportunidade. É aceitar um futuro de maior vulnerabilidade perante a concorrência e de dificuldade em acompanhar as transições que estão a moldar a economia europeia. Por outro lado, quem aproveitar este momento estará a posicionar-se para liderar no mercado interno e externo.

O passo que falta

As empresas precisam de se mobilizar: identificar projetos estratégicos, estruturar candidaturas e encarar o IFIC como ferramenta essencial para transformar a sua atividade. Este não é um apoio convencional; é um investimento no futuro da economia portuguesa, com impacto direto no futuro de cada empresa.

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