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SITCE – Descarbonização e Eficiência Energética

SITCE – Descarbonização e Eficiência Energética

Previsto Até 31-05-2025 PT2030

O Sistema de Incentivos à Transição Climática e Energética (SITCE) – Descarbonização e Eficiência Energética visa apoiar as empresas na implementação de medidas que promovam a redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e o aumento da eficiência energética. Este programa é parte integrante do compromisso de Portugal com as metas do Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), que visa alcançar a neutralidade carbónica até 2050. 

  • Tipologia Intervenção
    SITCE - Sistema de Incentivos à Transição Climática e Energética
  • Beneficiários
    Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Grandes Empresas (Não PME).
  • Amplitude Regional
    Norte, Centro, Alentejo, Algarve
  • Taxa de Apoio
    Até 100% a Fundo Perdido

Tipologia de Operação

  • Descarbonização e Eficiência Energética: que visa o apoio à redução dos consumos de energia e das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) através da substituição, adaptação ou introdução de equipamentos, processos e tecnologias de baixo carbono.

Tipologia de Investimento

  • Processos e tecnologias de baixo carbono na indústria
  • Adoção de medidas de eficieência energéticas na indústria
  • Incorporação de energia de fonte renovável

Despesas Elegíveis

Investimentos Gerais

  • Aquisição, substituição ou adaptação de equipamentos ou sistemas;
  • Instalações de energia renovável;
  • Intervenções na otimização energética dos edifícios (cumprir a legislação em matéria NZEB - Edifício com necessidades quase nulas de energia);
  • Aquisição ou desenvolvimento de soluções digitais, software, tecnologias inteligentes ou licenças;
  • Estudos, diagnósticos e auditorias, designadamente energéticas e certificações;
  • Despesas com TOC/ROC.

Investimentos relacionados com Intervenções em Edifícios

  • Instalação de equipamentos que visem a produção de energia, aquecimento e arrefecimento, incluindo painéis fotovoltaicos e bombas de calor; 
  • Instalação de equipamentos para o armazenamento da energia produzida em excesso;
  • Ligação a sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento urbano energeticamente eficiente e equipamentos associados;
  • Construção e instalação de infraestruturas de recarga para uso pelos utilizadores do edifício, como canalizações, quando instaladas no edifício ou na sua proximidade;
  • Instalação de equipamentos para a digitalização do edifício, em especial para aumentar a sua «inteligência», incluindo infraestrutura de banda larga no edifício;
  • Investimentos em telhados verdes e equipamentos para retenção e aproveitamento da água da chuva.

Financiamento

  • Dotação Global – 300.000.000€ (trezentos milhões de euros)*

*A dotação orçamental será distribuída pelas seguintes tipologias de operação: SITCE - Descarbonização e Eficiência Energética, SITCE - Investimento Produtivo Verde e  SITCE - Qualificação das PME, podendo a mesma ser alterada aquando a publicação do aviso.

  • Taxas de Financiamento: 
    // Intervenções que não sejam em edifícios: Até 100% a Fundo Perdido
    // Intervenções em Edifícios: Até 80% (Taxa base 30% + Majorações)

Data de Candidatura

Abertura prevista para dia 31/03/2025 (segundo o Plano Anual de Avisos). 

Quem se pode candidatar

Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Grandes Empresas (Não PME), Small Mid Caps, Entidades Não Empresariais do Sistema de I&I (ENESII), Entidades Públicas e Entidades Sem Fins Lucrativos.

Observações

  • Não são elegíveis apoios à cogeração nem a equipamentos alimentados a combustíveis fósseis, incluindo gás natural;
  • Não são elegíveis investimentos destinados a reduzir as emissões de GEE provenientes das atividades constantes do Anexo i da Diretiva 2003/87/CE. 

Investimentos e Despesas Elegíveis no SITCE Descarbonização e Eficiência Energética

SetorInvestimentoDescrição
Setor Transversal Sistema de iluminação
  • Substituição de lâmpadas convencionais por LED para reduzir o consumo de energia.
Setor Transversal Compressores, ventiladores, turbinas, bombas
  • Instalação de compressores com menores consumos face aos existentes;
  • Instalação de compressores mais potentes mas mais eficientes, com melhor rácio caudal/potência.
Setor Transversal Sistemas de transporte de fluidos

Reorganização das redes para reduzir perdas e diminuir o consumo de energia.

Setor Transversal Bombas de calor

Integração de bombas de calor como fonte de aquecimento, promovendo a eficiência energética face a fontes convencionais..

Indústria Sistemas de aquecimento
  •  Substituição de sistemas elétricos por versões mais eficientes;
  • Eletrificação dos sistemas de aquecimento (caso se justifique);
  • Implementação de sistemas de recuperação de calor (ex.: permutadores de calor), reduzindo a necessidade de combustão em processos subsequentes.
Indústria Sistemas de refrigeração
  • Introdução de sistemas de refrigeração mais eficientes em equipamentos produtivos;
  • Substituição de chillers com químicos poluentes por alternativas mais seguras (ex.: substituição de chiller com fluído R-22 por R-32).
Indústria Substituição de equipamentos produtivos
  • Troca de equipamentos por versões mais eficientes (ex.: injetora hidráulica por elétrica);
  • Substituição por equipamentos com maior capacidade produtiva, reduzindo o consumo por unidade produzida;
  • Equipamentos que reduzam desperdícios de matéria-prima.
Indústria Sistemas de controlo e monitorização

Implementação de sistemas com sensores e automação para monitorização e controlo de parâmetros como pressão e temperatura, otimizando o consumo energético.

Indústria Substituição de caldeiras

Substituição de caldeiras a combustível fóssil por versões a biogás, biomassa ou outros combustíveis renováveis.

Indústria Centrais de biogás

Instalação de unidades para produção de biogás destinado ao autoconsumo, nomeadamente para alimentação de caldeiras.

Indústria Reaproveitamento de calor ou frio

Aproveitamento do calor ou frio gerado nos processos para outras fases da produção.

Indústria Sistemas de transporte interno (tapetes, plataformas, pórticos)

Instalação de sistemas elétricos para transporte de matérias-primas e produtos, em substituição de equipamentos movidos a combustíveis fósseis (ex.: empilhadores ou dumpers).

Indústria Empilhadores elétricos

Substituição de empilhadores a combustíveis fósseis por alternativas elétricas, com menor pegada carbónica.

Indústria Motores e variadores de velocidade

Substituição de motores e introdução de variadores de velocidade para controlo mais eficiente dos equipamentos, evitando picos de consumo e otimizando a operação.

Indústria Substituição de equipamentos a combustíveis fósseis por elétricos

Exemplo: substituição de fornos a gás natural por fornos elétricos, promovendo a eletrificação dos processos e a redução de emissões.

FAQ sobre SITCE – Descarbonização e Eficiência Energética

Os projetos devem cumprir, pelo menos, uma das seguintes metas obrigatórias:

  • Redução mínima de 30% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE);
  • Melhoria do desempenho energético equivalente a uma renovação de grau médio

Existem indicadores adicionais exigidos?

Sim, os projetos deverão apresentar estimativas para:

  • Poupança anual de energia primária (kWh/ano ou tep/ano);
  • Redução da intensidade energética (energia consumida por unidade de produto);
  • Redução de impacto ambiental (se aplicável);

Indicadores económicos, como custo por tonelada de CO₂ evitada.

Entende-se por renovação de grau médio, intervenções que permitam a melhoria de eficiência energética entre 30% e 60% no edifício ou instalação alvo do projeto. A classificação segue os critérios da Recomendação (UE) 2019/786, sendo exigido: 

  • Avaliação energética inicial;
  • Implementação de medidas eficazes (isolamento, sistemas HVAC eficientes, etc.) – elegíveis no âmbito deste sistema de incentivos;
  • Certificação da melhoria atingida após conclusão.

A redução de emissões é medida em toneladas de CO₂ equivalente por ano (tCO₂e/ano). Para tal, a empresa deve apresentar:

  • Um diagnóstico energético ou estudo técnico com os valores atuais de emissão;
  • A estimativa de redução prevista após a implementação do projeto;
  • Auditorias energéticas que comprovem, após a execução, que a meta de ≥30% foi efetivamente atingida.

Não, os investimentos em fontes de energia renovável devem ser complementares aos restantes investimentos. O foco desta tipologia é apoiar a redução dos consumos e das emissões de GEE pela substituição, adaptação ou introdução de equipamentos, processos e tecnologias de baixo carbono.

No entanto, o investimento em fontes de energia renovável (como solar fotovoltaica ou térmica), apesar de não ser obrigatório, contribui para a meta de descarbonização e pode aumentar a pontuação do projeto. Em muitos casos, permite complementar as reduções de emissões ou diminuir a dependência de fontes fósseis.

Não são elegíveis quaisquer equipamentos alimentados a combustíveis fósseis, incluindo gás natural.

O regulamento exclui ainda investimentos que resultem apenas em mudanças dentro de combustíveis fósseis (ex: de carvão para gás natural), ou que não representem uma redução efetiva e adicional de emissões. O foco está em:

  • Tecnologias de baixo carbono;
  • Eletrificação;
  • Fontes renováveis;
  • Eficiência energética comprovada.

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